Desculpas de peidorreiro

sexta-feira, 18 de março de 2011
(por favor um milkshake de café)

Eu estava reparando em como nós somos caras de pau e damos cada desculpas esfarrapadas para evitar qualquer coisa. Se não queremos comer algo, se não queremos tomar banho, se não queremos ir a algum lugar, ou qualquer outro motivo. Damos desculpas para nos convencermos também, as vezes para fazer uma merda ou quem sabe até para não fazer algo que você sabe que tem que ser feito.
Ou seja, todos damos as desculpas de peidorreiro.

É engraçado falarmos em honestidade e em como é importante sermos transparentes com os outros quando para um mínimo de convivência é necessário que mintamos. Estas pequenas mentiras em função dos seus objetivos lhe tornam então uma pessoa má? Nós vamos contra os nossos princípios a partir do momento em que criamos os mesmos. Estas pequenas mentiras, ou desculpas, são feitas para não magoarmos a quem amamos, para não perder seu emprego, para não deixar obvio uma situação, para preparar uma próxima ação, e assim infinitamente.

Este texto não foi feito com motivos de julgamento, mas apenas sobre uma coisa que eu faço todos os dias e sem pudores e que me fez refletir; até que ponto temos que dar tantas desculpas para não fazermos as coisas (ou fazermos)? Não seria mais simples você assumir que gosta de uma banda baranga do que afirmar com veemência que só está com a música na cabeça porque o vizinho não para de ouvir? Ou que não vai sair com o fulano porque acha ele um pé no saco?
Sei lá. Este é o tipo de tema que não tem como chegar a uma resposta. Sempre haverão vertentes, e conflitos entre as opiniões, mas uma coisa que fica claro é que desde pequenos somos massacrados com milhares de mentiras (Papai Noel, cegonha, que os pais nunca aprontaram* e etc) , o que nos leva a sermos mentirosos naturalmente.

A questão é saber qual o tamanho da mentira que esta sendo contada e sempre pensarmos no impacto que ela pode causar. Uma vez que ela se torna uma bola de neve que só tende a tomar grandes proporções antes de estourar na sua cabeça.

Pense!

Abraços, Muringa.

1 comentários:

Anônimo at: 9 de junho de 2011 às 08:57 disse...

Uma beleza de post! =D

Postar um comentário

E aí o café estava bom?