Pensar, sentir, e fazer.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011
(um bolo de chocolate e um café)

Três palavras chaves; pensar, sentir, e fazer. O que estas palavras representam e a maneira como elas influenciam nossas vidas é, de uma maneira geral, bem parecida entre todos. Pensamos, depois transformamos aqueles pensamentos que nos despertam sentimento, em ações.

Pensar é indiscutivelmente algo que acontece a todo instante, percebendo ou não. O pensamento ocorre rapidamente em resposta a uma ação, sentimento ou até mesmo um pensamento anterior, sendo assim difícil lembrar (e ou descobrir) a origem de um pensamento. Pensamos freneticamente em coisas distintas que de maneira imperceptível nos leva a novos pensamentos em um ciclo sem fim.

Pensar, refletir, divagar, são coisas vistas na maioria das vezes como sendo boas e úteis a serem feitas. O pensar a primeira vista sempre nos levará a agir, o que na realidade não condiz sempre com a verdade. Afinal, pensar também pode nos levar a "travar" perante uma situação. Refletir sobre algo feito mal pensada ou até mesmo impensada pode nos levar a não só nos arrependermos, como a "dar" para trás e acabar por não fazer (o que possivelmente deveria ser feito) por influência de sentimentos como por exemplo o medo ou compaixão.
Por fim, um dos muitos pensamentos que criamos a cada segundo nos trará algum sentimento.

O sentimento é o segundo passo para a ação. Sentir no caso pode ser de maneira física (ao lembrar um sabor bom, ou alguma dor sofrida) como pode ser sentimental (amor, raiva, etc.). Este sentimento faz com que a roleta de pensamentos avulsos pare, e comecemos a nos focar nesta mesma ideia.
Ao sentir amor dentro de algum pensamento, por exemplo, paramos neste e refletimos sobre o objeto do amor. Esta "parada" no pensamento  serve para que possamos avaliar melhor esta situação e realizar alguns julgamentos sobre as possíveis atitudes a serem tomadas a partir do pensamento. Sentir um pensamento não nos torna prontos para agir, uma vez que o mesmo não é fruto de qualquer sentimento e ou qualquer pensamento.

Agir demanda esforço (físico e mental) em prol do pensamento sentido. Muitos podem ser os pensamentos sentidos idealizados a uma ação, mas os que de fato se tornam ações frutos destes, são poucos.
Diversos pensamentos e sentimentos não deixam o plano astral e mental em função de pouca força de vontade, maturidade, indecisão, e ou pouca perspectiva para a ação.
Neste momento, a escrita vem sendo realizada devido a um pensamento, que gerou sentimento e que se idealizou para o plano físico, com a ação.
Tal como as outras etapas, agir é ambíguo e pode nos causar transtornos. Ações pelas metades, ações impensadas, ações de baixa qualidade, e até mesmo ações rejeitadas, quando a mesma afeta também a outros ao seu redor, são exemplos de ações que podem trazer algum futuro desconforto.
Existe também um caso reverso onde a ação ocorre primeiro de tudo em função de alguma situação inusitada e ou sentimento imediato. Assim o processo ocorre de forma inversa, começando pela a ação, que gerará um sentimento (tristeza, alegria, amor, etc) e que levará a uma conclusão, pensamento. Nestes casos a ação é induzida por pré disposições da pessoa em função de determinadas situações.

Sabendo que todos os processos acima descritos acontecem o tempo todo e sempre de forma semelhante é necessário que percebamos uma coisa que nos escapa em meio a tantos pensamentos, ações e sentimentos. Alguma coisa que excede as coisas com as quais estamos habituados. Não se trata de novos sentimentos, ou novas maneiras de avaliar uma situação, mas sim de um quarto processo que ocorre dentro de nós que para sempre estará marcado. A experiência.
É a experiência que nos guia a cada segundo em função de todos os nossos processos, conscientes ou não. Ela é como uma mãe que nos guia para evitar a falha, e se a mesma acontece é por falta de experiência. Todos devemos passar por diversas situações, pensar coisas dos mais variados tipos, sentir sentimentos de tamanhos e intensidades incomensuráveis, para que ao final de tudo sejamos "novos homens". Sejamos não mais o ser humano que precisa sempre de mais. A experiência nos completa, e  assomada com uma nova consciência nos levará a um libertação completa destes ciclos que não possuem fim.

Abraços, Muringa.

1 comentários:

{ Leandro soriano } at: 11 de agosto de 2011 às 10:05 disse...

He, he, meu amigo postei no lugar errado. Coloquei meu comentário no post abaixo. Coisas de usuário distraído. Mas gostei muito da sua reflexão sobre o pensar. Deixo aqui a minha. Vamos lá.

Pensar. O que sabemos nós sobre essa função que muitas vezes mais nos coloca em labirintos de compreensão do que em imediato entendimento? O conjunto de faculdades que nos proporciona o pensar, é a última das aquisições implantadas no sistema da personalidade natural. E isso faz um tempo consideravelmente longo. Sem nos aprofundarmos no fato de que ainda não é um corpo completo na sua manifestação. A finalidade desse "poder criador" desviou-se muito da intenção original concentrando toda a sua capacidade voltada para as resoluções da matéria. E matéria nesse contexto, engloba não só os aspectos densos como também os sutis. Por conta disso resultou o que se costuma dizer "num adensamento" da queda humana por caminhos cada vez mais degenerados. Basicamente pensar é foco em ideia com o intuito de interpretá-la para torná-la realizável ou não. Quanto a isso recebemos um educação que mais exercita, adestra as faculdades mentais do que propriamente aprender a pensar. O pensar do homem atual, perdeu sua função original. O homem mais se preocupa em aprimorar seu intelecto do que pensar com a razão. E pensar com a razão requer uma ação completa e integrada harmoniosamente entre cabeça e coração. E isso, em grande parte, está longe do homem atual. Pensamos por repetição condicionada; sentimos por impulso de emoções. Muitas vezes mais somos pensados do que pensadores. É preciso retornar ao ponto zero da finalidade de todo potencial humano adquirido. Para isso é necessário uma "limpeza" total do acumulado de condicionamentos a que estamos impregnados desde que nascemos. E isso encontra-se circulando em nosso sangue há séculos e séculos. A grande oportunidade para vencer esse estado de realidade está nas mãos dos jovens com muito mais chances de avanço. Porquê? Por que o jovem ainda não está com o "HD" saturado; ainda há muito espaço para avançar no processo. A humanidade como um todo caminha para uma inevitável formatação no seu HD coletivo de forma interventiva porque não realiza isso através de um processo auto-consciente apoiado por uma força pura realmente transformadora. Existe um pensar com o coração que o homem desconhece. De lá parte impulsos que chamam a atenção para esse retorno ao ponto zero. Ao dar ouvidos ao coração, um dia, certamente, o homem recuperará a verdadeira finalidade do poder do pensamento.

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E aí o café estava bom?