ALERTA!
Em respeito aos leitores deste blog, é meu dever alertar que o conteúdo deste conto pode, de alguma forma, ser ofensivo e contêm temática adulta. Logo, aconselho apenas para maiores de 18 anos, e que leiam como leitores críticos, e não trolls.
Não esperava começar a maratona de maneira tão tensa, mas foi sobre este lado que quis começar.
Sem maiores delongas, o texto:
Como ovo
(um suco e uma omelete)
As vezes sinto-me como ovo. O ovo é forte, possui uma casca firme que lhe serve de proteção. Mas proteger do quê? De mim mesmo. Dos outros. De nada.
Até mesmo a dureza do ovo mais resistente não consegue impedir que todas as impurezas permaneçam do lado de fora do ovo. Silenciosamente a casca permite a entrada dos corpos estranhos. Não por escolha, afinal naturalmente a osmose da vida acontecerá, e então aquele ovo se adapta, muda. Algumas coisas enriquecem o sabor, outras o estraga. Algumas o fazem desidratar, e outras ainda o saturam de tal forma, fazendo a própria casca se desfazer.
Estes recipientes ovais são tão fortes por fora, porém tão frágeis por dentro. Seu conteúdo além de valioso (vida!) é muito frágil. Tenho medo de ter me agitado de mais, e por algum motivo ter virado um ovo mexido. Temo ter procurado por ser chocado com muita avidez, acabando por tornar-me choco.
Os ovos não vêm ao mundo para se preocuparem com o que suas cascas absorverão ou se defenderão. Eles existem apenas para permitir que a vida aconteça. Como posso me sentir um ovo, então? Não cabe a mim escolher o que será marcado em brasa, ou o que será rejeitado sem ponderação. Se não escolhemos o funcionamento de nossas defesas, para que temos casca?
Perguntei-me em momentos se os pensamentos realçam o meu sabor, ou se apenas me saturam, estufando-me. Acredito que dependendo da qualidade do pensamento, do tipo, da natureza dele, é que ira criar esta variação de efeito.
Não sei se chegarei ao ponto de estar tão saturado, que minha própria casca desfaria. E o que isso significaria? Sem minha casca estaria eu livre, ou condenado para todo o sempre?
Eu, como ovo, me tornarei algo novo e cheio de vida, ou apenas me tornarei uma bela omelete na frigideira de alguém?
Sou ovo, mas de quê? De jacaré, cobra, pássaro, inseto, ornitorrinco, dinossauro? Eu tenho é medo. Medo de irromper a minha casca e ter que encarar o meu verdadeiro eu. E que Eu! (terrível Eu).
Mas por vezes sinto-me como homem. Sem cascas, sem medos, sem bicos, nem escamas. Sinto-me livre da obrigação de escolher o que ser. Eu, fruto do ventre, simplesmente sou que sou. Homem pensante, pensando que é ovo.
As vezes sinto-me como ovo. O ovo é forte, possui uma casca firme que lhe serve de proteção. Mas proteger do quê? De mim mesmo. Dos outros. De nada.
Até mesmo a dureza do ovo mais resistente não consegue impedir que todas as impurezas permaneçam do lado de fora do ovo. Silenciosamente a casca permite a entrada dos corpos estranhos. Não por escolha, afinal naturalmente a osmose da vida acontecerá, e então aquele ovo se adapta, muda. Algumas coisas enriquecem o sabor, outras o estraga. Algumas o fazem desidratar, e outras ainda o saturam de tal forma, fazendo a própria casca se desfazer.
Estes recipientes ovais são tão fortes por fora, porém tão frágeis por dentro. Seu conteúdo além de valioso (vida!) é muito frágil. Tenho medo de ter me agitado de mais, e por algum motivo ter virado um ovo mexido. Temo ter procurado por ser chocado com muita avidez, acabando por tornar-me choco.
Os ovos não vêm ao mundo para se preocuparem com o que suas cascas absorverão ou se defenderão. Eles existem apenas para permitir que a vida aconteça. Como posso me sentir um ovo, então? Não cabe a mim escolher o que será marcado em brasa, ou o que será rejeitado sem ponderação. Se não escolhemos o funcionamento de nossas defesas, para que temos casca?
Perguntei-me em momentos se os pensamentos realçam o meu sabor, ou se apenas me saturam, estufando-me. Acredito que dependendo da qualidade do pensamento, do tipo, da natureza dele, é que ira criar esta variação de efeito.
Não sei se chegarei ao ponto de estar tão saturado, que minha própria casca desfaria. E o que isso significaria? Sem minha casca estaria eu livre, ou condenado para todo o sempre?
Eu, como ovo, me tornarei algo novo e cheio de vida, ou apenas me tornarei uma bela omelete na frigideira de alguém?
Sou ovo, mas de quê? De jacaré, cobra, pássaro, inseto, ornitorrinco, dinossauro? Eu tenho é medo. Medo de irromper a minha casca e ter que encarar o meu verdadeiro eu. E que Eu! (terrível Eu).
Mas por vezes sinto-me como homem. Sem cascas, sem medos, sem bicos, nem escamas. Sinto-me livre da obrigação de escolher o que ser. Eu, fruto do ventre, simplesmente sou que sou. Homem pensante, pensando que é ovo.
Diários de papel
Assim ficam
compreendidos os fatos. Desta situação toda, nós podemos aproveitar melhor.
Que merda é essa?
Não é
estilo, não tem moda. Só tem morte. Sem sorte. Tentando ser forte.
O que todo mundo sabe é que quem repete, repede o que fode. O que pode.
O que todo mundo sabe é que quem repete, repede o que fode. O que pode.
Eu já os conheço. Nas mangas de sua
blusa.
Vai, vai,
vai. Suba pra cima.
Verbo de ligação por excelência. Por
excelência?
Não, não usamos!
Por um. Por um nós podemos.
Perdi mais
espaço no papel.
Realizei a dois. O quê? Trabalhei a
dois. Jogo de cintura.
As vezes um sorriso nos entrega mais do que confissão.
Perdeu o que? Cansei.
Tranquilo ser. De qual filme?
A mim,
ninguém me espera não.
A mim,
ninguém me engana.
A mim,
ninguém me ama.
A mim,
ninguém me tem.
Nada de tensão.
Não tem mais
papel, mas minha caneta ainda tem muita tinta.
Palavra.
Maratona
(um café, e pão com manteiga)
Olá pessoas!
O Café do Muringa está entrando em maratona, mas o que isso significa? Significa que muitos textos estão sendo criados, e que depois de algum tempo em ritmo desacelerado, a cafeteria decidiu que chegou a hora de soltar o verbo sobre vocês.
Estou trabalhando com contos (sabe, aqueles textos pequenos, lidos em apenas uma "sentada"), e adivinhem só? Estou amando. Vou criar uma página exclusiva para o meu Arquivo (área do blog destinada aos meus textos) onde vocês encontrarão todos os poemas e contos.
Não deixarei de escrever o meu diário (os desabafos, os causos, e etc), porém estarei dando maior atenção aos contos.
Espero que estas pequenas histórias sejam capazes de transportar vocês, mesmo que por um breve momento, para outras realidades. Suspense, ação, terror, romance. Pequenos momentos para prender a respiração ou desenrolar as lágrimas.
Espero continuar servindo à vocês o mesmo bom e velho café, o meu café.
Bjunda, Muringa.
Olá pessoas!
O Café do Muringa está entrando em maratona, mas o que isso significa? Significa que muitos textos estão sendo criados, e que depois de algum tempo em ritmo desacelerado, a cafeteria decidiu que chegou a hora de soltar o verbo sobre vocês.
Estou trabalhando com contos (sabe, aqueles textos pequenos, lidos em apenas uma "sentada"), e adivinhem só? Estou amando. Vou criar uma página exclusiva para o meu Arquivo (área do blog destinada aos meus textos) onde vocês encontrarão todos os poemas e contos.
Não deixarei de escrever o meu diário (os desabafos, os causos, e etc), porém estarei dando maior atenção aos contos.
Espero que estas pequenas histórias sejam capazes de transportar vocês, mesmo que por um breve momento, para outras realidades. Suspense, ação, terror, romance. Pequenos momentos para prender a respiração ou desenrolar as lágrimas.
Espero continuar servindo à vocês o mesmo bom e velho café, o meu café.
Bjunda, Muringa.
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