Fogo!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Gritaram “fogo!” e lá se foi o Bombeiro correndo. Sobe, desce, vai, e volta.
Ainda fardado, ele estava lá quando tudo aconteceu. Sua vida inteira sob a exposição das chamas. Tudo muito próximo do fim, de ser consumido assim.
As chamas o cercavam. Com muito esforço ele se agarrou aos bens mais preciosos que tinha e tentou protegê-los.  Seu sabre de luz, uma HQ qualquer, e sua paz.  Foi só o que estava ao seu alcance naquele instante.
Ele se perguntou se não era sua culpa, afinal sabia que a chama que estava alimentando com pequenos pedaços de lenha cresceria. Sim, sabia. Só não esperava que tomassem forma tão terrível de fogo vermelho vivo.
A forma do fogo agora era conhecida. O Bombeiro reconhecia aqueles traços de gente. Era menino ou era homem? Podia ser um cara qualquer, mas qualquer não seria o cara.
Encarou a chama viva e percebeu que nada estava queimado ao seu redor. Aquele fogo não consumia madeira, papel, sabres, nem pessoas. Então que diabos queria aquele fogo com o Bombeiro?
A criatura incandescente estava inquieta, não conseguia se manifestar corretamente. E então o Bombeiro se lembrou. Sim, este fogo foi escolhido e alimentado. E agora pedia para ser extinto.
Sentindo empatia com o ser, ele sorriu e tocou as chamas. Com seu toque, seu sorriso, e sua paz, o Bombeiro finalmente apagou o fogo inquieto.
O que encontrou ao fim da combustão do velho e conhecido fogo foi o surgimento de um novo, e agora azul, Fogo. O Fogo tinha nome e sobrenome. Tinha gosto, voz, e rosto. O Fogo azul era a única chama que o Bombeiro sabia que nunca precisaria apagar, porque ali ele não ia se queimar. E foi assim que Fogo e Bombeiro deram as mãos para nunca mais, até onde ouvi dizer, soltarem.

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Espero que goste do seu presente :)

1 comentários:

Anônimo at: 21 de fevereiro de 2013 às 13:37 disse...

*_*
que lindo
adorei
muito obrigadooooooooooo
S2

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E aí o café estava bom?