Gritaram “fogo!” e lá se foi o Bombeiro
correndo. Sobe, desce, vai, e volta.
Ainda
fardado, ele estava lá quando tudo aconteceu. Sua vida inteira sob a exposição
das chamas. Tudo muito próximo do fim, de ser consumido assim.
As chamas o
cercavam. Com muito esforço ele se agarrou aos bens mais preciosos que tinha e
tentou protegê-los. Seu sabre de luz,
uma HQ qualquer, e sua paz. Foi só o que
estava ao seu alcance naquele instante.
Ele se
perguntou se não era sua culpa, afinal sabia que a chama que estava alimentando
com pequenos pedaços de lenha cresceria. Sim, sabia. Só não esperava que tomassem
forma tão terrível de fogo vermelho vivo.
A forma do
fogo agora era conhecida. O Bombeiro reconhecia aqueles traços de gente. Era
menino ou era homem? Podia ser um cara qualquer, mas qualquer não seria o cara.
Encarou a
chama viva e percebeu que nada estava queimado ao seu redor. Aquele fogo não
consumia madeira, papel, sabres, nem pessoas. Então que diabos queria aquele
fogo com o Bombeiro?
A criatura
incandescente estava inquieta, não conseguia se manifestar corretamente. E
então o Bombeiro se lembrou. Sim, este fogo foi escolhido e alimentado. E agora
pedia para ser extinto.
Sentindo empatia com o ser, ele sorriu e tocou as chamas. Com seu toque, seu sorriso, e sua paz, o Bombeiro finalmente apagou o fogo inquieto.
Sentindo empatia com o ser, ele sorriu e tocou as chamas. Com seu toque, seu sorriso, e sua paz, o Bombeiro finalmente apagou o fogo inquieto.
O que encontrou
ao fim da combustão do velho e conhecido fogo foi o surgimento de um novo, e agora
azul, Fogo. O Fogo tinha nome e sobrenome. Tinha gosto, voz, e rosto. O Fogo
azul era a única chama que o Bombeiro sabia que nunca precisaria apagar, porque
ali ele não ia se queimar. E foi assim que Fogo e Bombeiro deram as mãos para
nunca mais, até onde ouvi dizer, soltarem.
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Espero que
goste do seu presente :)
1 comentários:
*_*
que lindo
adorei
muito obrigadooooooooooo
S2
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E aí o café estava bom?