Marcos desde pequeno descobriu que
conseguia escapar de situações difíceis. Eram pequenas mentiras, jogo de
cintura, e BAM! Marcos se livrava de qualquer problema. Um trabalho que se esqueceu de entregar. Não
fazer seus deveres em casa. Fazer coisas proibidas para sua idade... Ele era
bom nessas escapadas, sempre foi.
Elevou este
potencial para níveis colossais. Marcos aprendeu pequenos truques de mágica, e
posteriormente se tornou um dos melhores. Era chamado por Mestre das fugas.
Suas habilidades eram variadas. Começando na simples tarefa de desatar as mãos
de algemas, até seu grand finale: Escapar
de correntes que prendiam seu corpo todo e depois era lançado em um tanque com
água. Espetacular!
Tudo sempre
foi da maneira que Marcos planejou. Nada escapava à sua percepção. Milhares de
desculpas na manga para um problema que nem existia ainda. Sorrisos e
alternativas para não se ferir.
Tudo sempre
foi da maneira que ele planejou até o dia em que se apaixonou. Sua vida nunca
mais foi a mesma. Ele não conseguia mais fugir. Imagine só, um mestre em fugas
que não conseguia fugir!
Inconformado
o Mestre das fugas armou seu maior espetáculo e chamou seu amor. Todos
conheciam seu repertório, estavam excitados para vê-lo em ação. Cortinas se
abriram e lá estava ele no centro.
Marcos foi o
grande mestre das fugas. Mas das algemas ele não se desatou. Das correntes não
se soltou. E no tanque se afogou.
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E aí o café estava bom?