Uma noite. Uma amiga.

sábado, 18 de agosto de 2012


Empatia? Não sei. Talvez seja essa a palavra que eu possa usar para com a Carla Diniz Alvim.
Essa mulher distinta, dona de um jeito único, me cativou de uma maneira singular.
Não bateu a primeira vista, mas quanto mais eu a conhecia, mais eu gostava.
Descobri nela muito de mim, uma parte obscura e negada em mim. Tudo o que era negado e velado em mim era nela exposto e livre. E era assim que ela atuava sobre mim, como raios de sol que vêm para revelar o que se esconde sob a penumbra.
Nossa amizade surgiu de maneira leve e natural, e vem se consolidando sem grandes esforços.
Amo-a como os ventos amam os cabelos.
Minha amiga Lésbica e ativista é meu sinônimo de liberdade.
Se hoje falo de homens, se hoje sou livre, é porque um dia ouvi Carla falar da vida com beleza e naturalidade.
Sinto-me feliz em tê-la ao meu lado. Em poder mandar uma mensagem sabendo que será ela minha receptora.
Espero que isso não morra, e que essa guerreira vença muitas outras batalhas.
Quero poder, lá na frente, dizer:
"Essa vadia é minha amiga."

2 Beijos do seu amado, Arthur Fortes.


(Pequeno texto retirado do livro "Recipiente" escrito num retorno embriagado para casa).

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