Universidade, um novo universo.

domingo, 25 de março de 2012
(um café com leite e um pão na chapa)

Bom dia!

Entrar numa faculdade é o sonho de muitos, e por vezes este sonho é um tanto quanto específico, como por exemplo; entrar em alguma universidade federal. Uma vontade bastante inteligente, tendo em vista alguns aspectos, tal como a excelência de ensino, a didática inovadora, dentre tantos outros motivos.
Hoje falarei não sobre o estar lá dentro, fato que eu consegui, mas sim sobre o que acontece antes de entrar. O longo e árduo (não que tenha sido para mim) caminho até as portas de entrada para o universo acadêmico.
Existe uma grande inversão nos princípios da educação na atualidade; nós não estudamos mais para sermos críticos e racionais quanto pessoas, mas sim para sermos admitidos nos diversos campos de trabalho da sociedade e sermos aprovados nos testes impostos para nivelar o conhecimento. Dessa maneira, todo ser humano que ingressa na escola inicia uma longa jornada de limitação e condicionamento intelectual para que nos tornemo-nos aptos a ocupar lugar na sociedade capitalista. Não quero me estender nestas questão problemáticas uma vez que expor alguns pontos não trará nenhuma mudança real. A questão é; eu passei por tudo isso, do primeiro período até o terceiro ano do ensino médio. Com minhas quedas e tropeços.
Eu não estudei para o enem (o é compreendido como algo que avaliará se o aluno domina os conhecimentos do ensino médio), não precisei. Fiz o enem e a segunda etapa da universidade com os meus conhecimentos de ensino fundamental mesmo. Estou me gabando por isso? Não, não mesmo. Estou mostrando que esse sistema de avaliação é falho em si mesmo, esta tudo errado. Do inicio ao fim.
O foco dado nas decorebas, a edução se transformando em mercadoria, enfim, coisas que não deveriam acontecer no ambiente escolar, mas que pelo contrário vêm ganhando força dentro das escolas.
Entrar na faculdade é mais fácil do que parece, mas seria esse o método correto de ingressão? Será que eu que não estudei nada, que não tive uma boa base na educação deveria ser quem vai ocupar um lugar dentro de uma federal? E por outro lado, seria um estudante que veio de uma escola particular caríssima, que pagou os melhores cursinhos, que condicionou sua mente para as avaliações, que se limitou aos guias práticos de ensino, que deveria ocupar essas vagas?
Precisamos refletir. Neste primeiro texto sobre a minha ingressão na UFMG eu só quis contar um pouquinho de como se deu a minha entrada, e de como é ridículo os métodos avaliativos, que se baseiam em acumulo de métodos e conhecimentos, e não num pensamento crítico e lógico sobre a vida e suas "matérias".

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E aí o café estava bom?